No outro dia, no jornal da uma, um jovem recém-licenciado em jornalismo pela universidade do Porto manifestava-se bastante descontente com a situação em que vivem os licenciados do nosso país. A certa altura da entrevista disse que "emprego não falta, em cafés, em lojas...na nossa área é que não há nada."
Ora boa, isso já todos os minimamente atentos repararam. Infelizmente.
Outra reportagem da tvi:
"Reflexos da crise, há cada vez mais portugueses a atravessar a fronteira à procura de uma vida melhor. Angola, Espanha e Reino Unido são agora os países mais procurados. Apesar da ausência de números oficiais, há quem defenda que estamos a assistir a uma vaga de emigração apenas comparável à que se viu nos anos 60, nos tempos da mala de cartão. (...) além de uma mudança de destinos regista-se também uma mudança do perfil do emigrante. - Os novos emigrantes saem de Portugal com a sua mochila, levam o seu computador dentro do saco e fazem um tipo de vida totalmente diferente. Se não se adaptam a um país, com tantas facilidades de comunicação e de livre circulação, vão para outro e tentam lá a sua oportunidade."
É óbvio que as notícias nunca são animadoras, não nos dão novidade nenhuma. Se algum dia disserem "Hoje deu-se um milagre, a taxa de desemprego desceu de 10,4% para 2.4%", aí sim dava gosto ver o jornal da uma todos os dias. Até via o da noite também, só para ver a repetição. Por isso é que há quem não veja o telejornal, para não estar a levar com a realidade a toda a hora. Porque nós sabemos mas não queremos tocar tanto na ferida, não queremos acreditar que nos vai acontecer o mesmo, temos fé que vamos ser diferentes e que com muito esforço chegamos a algum lado. Os emigrantes além de serem inteligentes, são corajosos e amigos do país. Imaginem que estavam cá todos. A taxa de desemprego já devia estar nos 15%, era terrível. Eu cá pretendo contribuir para não aumentar a taxa, é ganhar coragem e fazer o mesmo que tantos outros fazem. Se aqui está lotado, se não há oportunidades e não nos dão valor pelos anos que andamos a estudar e a pagar propinas, em algum lado hão-de dar. Nem que seja na Índia, eu cá não me importo nada.
1 comentários:
Gostei do "nem que seja na india" como se fosse a tua ultima opção xD. O problema é que agora não ha ca nem em lugar nenhum...mas portugal está a um passo de declarar banca rota...por isso se esperares uns meses somos capazes de ser comprados pelo Cambodja que tem uma situaçao economica mais estavel e prospera que a nossa neste momento xD
Beijo*
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