domingo, 21 de março de 2010

Figura paternal: queres ou precisas?

Se tens quase vinte anos provavelmente já não precisas de pai. Podias até já ter saído de casa. Vejamos: os teus pais estão divorciados há uns seis anos, ficaste a viver com a tua mãe e o teu pai está-se nas tintas para ti. Ou então, disfarça lindamente. O teu pai deixou de te ajudar em tudo. Se tens 18 anos e queres ir para a faculdade tens mais é que ir trabalhar porque para isso já és adulta, para outras coisas talvez não, é conforme o que interessa aos que já são realmente adultos. O teu pai prefere gastar o dinheiro dele em tabaco e nos jogos da santa casa do que dar-te alguma coisa. Paga-te um lanche de meio em meio ano e dá-te cinco euritos para comprares qualquer coisinha para ti. Menos mal, sempre dá para um jantarinho no burguer king ou para apanhar uma bebedeira e "comemorar" o facto do teu pai não te ligar nenhuma. Quando está contigo não consegue ter uma conversa decente. Pergunta da escola e pouco mais. Pergunta sempre em que ano estás e quando acabas o curso. Não percebes a pergunta porque visto que ele não contribui nem com um cêntimo também não tem de se preocupar se estás na faculdade durante três anos ou durante dez. Faz questão de dizer sempre, em seguida, o quão inteligente é a filha da sua nova mulher. Imaginas se ele alguma vez fala de ti aos outros e gaba o facto de estudares há 14 anos e seres quase doutora. Tens quase a certeza que não e as lágrimas vêm-te aos olhos. Ficas com vontade de o mandar à merda juntamente com a filha da outra. E já agora à outra também porque foi ela que desde que apareceu te quis lixar a vida, tu é que não deixaste. Vinte minutos depois vais embora porque não há mais nada a dizer e as visitas dele são sempre de médico. Ele não é médico mas trabalha nas obras e afirma ser um homem muito ocupado. Provavelmente leva trabalho para casa, coitado. 90% das vezes que estiveste com ele desde o divórcio serviram apenas para te dizer o quanto sofre e o quanto a tua mãe lhe lixou a vida. Ficas calada. O teu feitio é mesmo assim, guardas tudo aí dentro. Não querendo ser má mas sinceramente és um bocado parvinha. Não era melhor levantares a voz e dizeres o que te vai na cabeça? Ele não te vai ligar nenhuma mas sempre ficavas mais levezinha. Olha que a guardar dessa maneira não há-de tardar que chegues à obesidade.
Basta pensares no teu pai e as lágrimas batem à porta. Não tiveste culpa do que se passou mas sempre fizeram questão de te meter lá para o meio. Já ultrapassaste o divórcio, foi o que sempre disseste a quem te perguntou sobre os teus pais. E é verdade, não andas a mentir a ninguém. Mas aí dentro, o que mais querias era que nada tivesse acontecido e que ainda estivessem juntos. De certeza que teria sido muito mais fácil. Ou talvez não, nunca saberás. É raro falares sobre isso, não te sabes expressar e achas que ninguém te quer ouvir porque, como tu, provavelmente acham que é algo que não interessa. Mentes ao dizer que vais deixar de ser parva e que não vais voltar a ir ter com o teu pai. Talvez gostes de sofrer, já estás habituada, é um ciclo vicioso. Mentes ao dizer que a situação não te afecta. Muito ou pouco, é óbvio que sim. Pensas que é estúpido sofreres por isso. A questão é se precisas de um pai ou se o queres. E minha amiga se te serve de algum consolo, não precisas dele para nada. Tu sabes disso. O teu problema é que o queres. Invejas as tuas amigas que têm uma conversa com o pai durante mais do que vinte minutos. A lagriminha bate à porta quando dizem que foram passear com ele, quando vês um pai dar mimo à sua menina no meio da rua. Sonhas que o teu se importa um bocadinho que seja contigo e que te dá um abracinho apertado. Mas sabes que provavelmente isso nunca vai acontecer. Queres ter filhos mas tens medo porque um dia podem vir a sofrer tanto como tu. Não sabes o futuro mas continuas a ter esperança.
Choras o rio Tejo ao escrever um texto igual a este.

sábado, 20 de março de 2010

Ao ver uma ecografia, ela disse:

"Epa mas agora não fazes mais nada se não tirar fotos a caixas de comida?"

quinta-feira, 18 de março de 2010

Ninguém pára o Benfica. É tudo nosso olé olé!

sábado, 13 de março de 2010

Só porque achei por bem dizer que quem não vir isto é um ovo podre.
A cada dia que passa sou mais apaixonada pelos pormenores das coisas.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Vivo à margem..
Nada me satisfaz, tudo me sufoca.
A realidade é toda ela dor,
e apenas a dor é eterna.
O resto?
Tudo o resto é efémero.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Hoje as notícias engraçadas estão a vir ter comigo a uma velocidade estonteante.
"Director do Expresso diz que já foi pressionado pelo 1º ministro para não publicar uma notícia sobre a sua licenciatura."
Vou ali rebolar a rir e já volto. É óbvio que ele fez isso devido ao facto da sua licenciatura ser completamente fidedigna. O Sr. "Dr." 1º ministo é uma pessoa de estudos, deixem lá o homem em paz!
Podia ficar aqui a gozar com ele durante vastas linhas mas não tenho paciência e ele nem isso merece. Não quero ser injusta mas estou a meio da licenciatura e já devo ter mais habilitações do que o nosso querido 1º ministro. Quiçá até para falar em público e eu nisso sou terrível, a sério.

Lady Gaga vai lançar uma linha de roupa.
A minha pergunta é: linha de roupa ou de árvores de Natal?
Estou confusa.

Blog do refilanço

Este post ia ter o nome de "Dia do refilanço" mas reparei que quase todos têm essa base. Na verdade, é para isso que uso o blog. Já que não refilo em voz alta ao menos fica registado em algum lado.
Estes dias ficaram marcados por ter chegado a mais umas quantas conclusões, sem importância está claro.
- Primeiro cheguei à conclusão que era impossível dar apenas uma resposta caso me perguntassem a razão de eu querer sair do país. São tantas que nunca mais acabava, sou capaz de me lembrar de uma por segundo. E ainda há aquelas que nunca serei capaz de dizer. O que é engraçado nisto é que só tenho um motivo para não sair - não gosto de deixar coisas a meio. Por que é que só um tem de ser mais forte do que os outros todos? Daqui a um ano já não há motivo para ninguém, e depois? Provavelmente vou chegar à conclusão que afinal eram outros motivos: o medo e o feitio.
- Por que é que eu ainda falo de mim? Qual é o objectivo de partilhar coisas importantes para nós quando vamos ouvir um "isso é uma merda"? Aqui reside um dos factos de eu ser cada vez mais calada. Estou tão bem com os meus monólogos que vale mais mandar os diálogos à fava.
- Odeio (aqui está mais uma) cada vez mais que me queiram obrigar a falar. Quando não estou a falar é porque não quero, é assim tão difícil de perceber? Ainda para mais quando estou 50 min (quando não são duas horas) fechada no carro com um instrutor que é uma autêntica gralha e me quer obrigar a falar e a rir. "Tu és muito calada não és?" Eu devia era responder à boa moda irónica (que eu tanto gosto) e dizer "Não Sr. Figueiredo, não vê que eu sou muito faladora e adoro falar consigo?" Eu tenho problemas de concentração e sou nervosa q.b para me enervar com o facto de ter mil carros à minha volta portanto é normal que queira estar concentrada. Já para não falar que eu não vou desabafar sobre a minha vida com o senhor, ou seja, é demasiado trabalhoso, para mim que sou tão "calona", ter de esticar os assuntos "futebol" e "meteorologia" durante tanto tempo. Quanto muito falamos da vida dele, aí tudo bem. Ah já foi a Praga e a Viena, que giro que giro, conte lá a viagem toda então e deixe-me ir quieta e calada no meu canto. É claro que eu apago a meio e vou só dizendo que sim a tudo.
Depois há aquelas situações em que estou visivelmente amuada e aí nota-se que é por isso que não estou a falar. Se estou amuada deixem-me estar ou então parem de me fazer amuar.
- Receio ter dentro de mim mais de mal do que de bem. Mais uma vez, história de autocarro. Começa a parecer que metade dos meus posts são relativos às minhas viagens diárias. Está bem que são praticamente 2h por dia de viagens mas não, a minha vida não é no autocarro. Também que interesse é que teria estar aqui a falar das minhas imensas vitórias nos matraquilhos da faculdade? Sim eu jogo muito bem, sou a maior, bla bla bla (isto não é ser convencida, é ser irónica). Pronto, basicamente o que se passou foi o seguinte: um casal ia distraído com uma máquina fotográfica e por isso só deram conta que tinham de sair em cima da hora. A porta até esteve muito tempo aberta porque aquilo estava cheio que fazia impressão mas ainda assim já foram tarde. O que se passou foi que o senhor saiu e a senhora não. E eu passei o resto do caminho com vontade de rir. Eu sei, sou mesmo má pessoa. Dá-me para rir com coisas que não têm piada nenhuma (ou até têm mas devo ser das poucas que a vêem). Às vezes é capaz de ser nervosismo mas agora não podia usar essa desculpa. Também não hei-de ser assim tão má vá, isso já me aconteceu uma vez no metro e eu fiquei a rir de mim própria!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Chorei mais com este do que com os típicos melosos. Digo mais, chorei como se tivesse de esgotar as lágrimas todas com um só filme. Chorei tanto que tenho os olhos inchados e dói-me a cabeça. Aquele choro sentido que nos faz soluçar muito e em que os nossos lábios não param de tremelicar. Mais palavras para quê? Clint, Hilary e Morgan. Just simple as that.

Isto dava uma rubrica

Na verdade, dava um blog inteiro mas não vou por aí. Passados uns dois meses de blog acho que nunca cheguei a especificar que tipo de blog era este. Não é de nenhum tipo em especial. É um blog sobre mim, sobre as minhas opiniões e divagações, sobre o meu dia-a-dia que não é nada de grandioso mas que é meu e por isso gosto de escrever sobre ele.
Eu podia aqui iniciar uma rubrica com o belo título de "As coisas que eu odeio". Como mulher que sou, e ainda por cima com este meu feitio tão peculiar, dava pano para mangas. É importante referir que não odeio tudo e mais alguma coisa, digo por ser uma forma de expressão comum e pela "gireza" da palavra "odiar" (uma gireza doida diga-se de passagem). Só não faço disto uma rubrica pontual porque sou distraída, ia-me esquecer e não gosto de obrigações. Portanto cá vai provavelmente a primeira de muitas. A segunda, algum dia chegará.
Nota: Isto não está por ordem de grau de ódio. Claro que há coisas que dão mais comichãozinha que outras mas as condicionantes são várias (tempo, disposição...). Está apenas pela ordem pela qual me fui lembrando.
1º - Podia começar por dizer que odeio pessoas visto que até tenho feito questão de o frisar nos últimos tempos. Apesar disto, eu que até sou uma pessoa muito ponderada, cheguei à conclusão que por muitas fases que tenha nunca chegarei à fase definitiva de odiar pessoas porque, no fundo, não vivo sem elas.
2º - Pombos. Um bicho que usa as nossas cabeças como WC e que ameaça ir contra nós a alta velocidade, de certeza que não é muito adorado pelos habitantes/frequentadores de Lisboa. Eu dou por mim a caminhar no Areeiro - completamente distraída porque vou a ouvir música - e parece tanto que eles se vão esborrachar contra a minha cara que dou por mim quase a cair, ali, no meio da rua. Só falta começar aos gritinhos. Com a sorte que tenho, um dia caio mesmo e há-de ser no meio de caca de pombo.
3º - As pessoas que me dizem "Eu como tudo e mais alguma coisa e não consigo engordar" ou "Eu andei um mês a comer big mac's e baguetes e finalmente consegui engordar meio quilo". Ora esta então dá mesmo vontade de...nem sei.
4º - Ir no autocarro cheia de fome e alguém ao nosso lado começar a comer uma coisa qualquer que geralmente me apetece. Esta é óbvia para quem me conhece. Já se deve ter reparado que gosto bastante de comer...pronto, sinceramente, sou uma alarve de primeira e como de tudo a toda a hora. Portanto, não é de estranhar que me apeteça o que quer que seja que o vizinho do lado está a comer. Claro que graças a este hábito, que mantenho há 19 anos, ainda não consegui chegar ao 60 kg e provavelmente nunca chegarei mas ao menos já estou mentalizada que não sou como as minhas queridas amigas que têm um metabolismo que era perfeito para mim e não para pessoas que não gostam de comer e que nem apreciar comida sabem!
5º - Quando começa a chover precisamente no momento em que temos de sair de algum lado, seja carro, autocarro, edifício. Parece que a chuvinha estava mesmo à nossa espera han....grrrr!
6º - Quando corremos que nem doidas para apanhar o autocarro e ele parte sem nós. Se não corrermos também irrita mas esta é especial porque houve de facto muito esforço da nossa parte. Digo muito porque, pelo menos no meu caso, cinco segundos de corrida e já estou cansadíssima.
7º - Falta de espaço. É normal numa discoteca, num concerto. Aí tolero, por muito que me aborreça o facto de querer dançar e não conseguir porque toda a gente se lembra de passar ao pé de mim. Agora, quando há todo o espaço do mundo e vêm colar-se à minha pessoa, aí já me faz comichão. O ar é de todos mas há limites. Eu até gosto de contacto físico mas não da parte de pessoas que não conheço.
8º - Começo a odiar o meu instrutor. E isto porquê? Nas primeiras aulas ele punha-me a mão na pernoca uma vez ou outra, muito raramente. Agora é quase a aula toda e eu não gosto! Então, se ele tem tanto espaço no seu cantinho, por que raio é que tem de invadir o meu? A perna é minha! O contacto físico faz-me mesmo impressão quando é indesejado. Ele mete lá a patinha quando eu vou fazer alguma pergunta, deduzo que seja para mostrar que está com atenção ao que eu digo, e quando quer enfatizar uma explicação (ou seja, agora enfatiza tudo e mais alguma coisa). Eu como sou parva ainda não tive coragem de dizer nada e não quero pensar que seja por mal porque se o senhor se lembra de pôr a mão noutro sítio qualquer arrisca-se a que eu vá contra um poste (e só bato do lado direito, claro)!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Os nomes até são importantes

Local: Escola de condução
Cenário: Rapaz giro não tira os olhos da eu
Uns minutos mais tarde entrámos na sala e lá nos dirigimos à mesa para assinar a aula. Como estava mesmo atrás do moçoilo era inevitável espreitar o nome dele quando fosse eu a assinar. Mesmo que não fosse de tão fácil acesso, a minha curiosidade não me permitiria não olhar. Tal é o meu espanto quando vejo que o rapaz se chama Amílcar Paulino. Repito, Amílcar Paulino.
Resultado: Isto é capaz de ser discriminação mas não consegui voltar a olhar para ele da mesma maneira, é como se tivesse um botão dentro de mim que se liga automaticamente nestas situações. Amílcar Paulino?! Afinal o nome até importa mas ele não deixou de ser giro, só deixou de ter tanto "brilho". Pode ser que isto entretanto passe e eu volte a deitar-lhe um olhinho.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O Domingo e o dia dos namorados

Domingo é o dia da família. Não sei porquê mas isto está assente para a minha pessoa há muito tempo. Como não tenho o tradicional dia de família, que implicaria ir almoçar e passear a tarde toda, inventei o meu que implica simplesmente não sair de casa. A mãe não sai, eu também não saio. É engraçado porque acabo por passar o dia praticamente todo sozinha e enfiada no quarto mas é este o meu Domingo perfeito por agora. Está para chegar alguém que me convença que o um bom Domingo não é igual a ficar em casa, enrolada nos cobertores, a ver séries/filmes, a chorar baba e ranho com eles, a beber chocolate quente com bolinho enquanto chove lá fora. Até agora, ainda não descobri melhor maneira de acabar a semana. Ainda para mais quando lá fora o dia dos namorados está por todo o lado. Como não podia deixar de ser, chegou a altura de falar da "importância" deste dia. Ah, o dia dos namorados. Toda a gente na rua, com o típico ar de parvo/a apaixonado/a, com sacos de prendinhas e muitos beijinhos para aqui e para acolá.
Ponto nº1 - Continuo a abominar todas as pessoas que se beijam na rua como se tivessem em casa prontos para terem sexo desenfreado durante horas. Aliás, eu abomino os casais que se beijam durante mais do que um segundo. Eu sei que sou estranha com isto mas não é inveja nem nada que se pareça, simplesmente acho que são coisas que se fazem na privacidade do lar ou doutro sítio qualquer. Se for um beijo daqueles inofensivos já acho cute. Não sei se isto no dia dos namorados se torna pior ainda, sou inteligente o suficiente para não ter tirado as patinhas de casa.
Ponto nº2 - Por que raio é que tem de haver um dia dos namorados? É o mesmo que um dia da mãe, um dia do pai, um dia da criança. O conceito até é engraçado, o que me entristece é que toda a gente dê tanta importância ao dia. O ano tem 365 ou 366 dias. Provavelmente muitos homens estão-se bem cagando para aquilo que a namorada quer, depois no dia dos namorados é vê-los a pedir conselhos à última da hora sobre o que comprar, sobre o que fazer para agradar a sua moçoila e para a calar mais um ano. Já elas, andam com o pito aos saltos à espera que chegue o dia para receberem flores, chocolates e o relógio que a swatch fez de propósito para este dia tão "especial". Recebem todas o mesmo e gostam, fabuloso! Claro que é quase impossível o namorado esquecer-se do dia porque elas fazem questão de os lembrar com a devida antecedência, a menos que sejam daquelas que gostam de testar o mocito, se ele se lembrar do dia dos namorados ui pronto, de certezinha que é o homem ideal com quem devem casar e amar para todo o sempre. Se o ano tem tantos dias, por que é que têm de fazer tudo igual aos outros e exactamente no mesmo dia? Ai ai, a massificação das massas. Namorado que é namorado surpreende a sua cachopa num dia qualquer, quando ela não esteja à espera. Dá-lhe uma prenda sem ela pedir implicitamente durante uma semana ou duas. Uma prenda que tenha a ver com ela e que não seja igual à das outras todas. Diz-lhe como ela é especial e como o faz feliz. A namorada podia fazer o mesmo e não dar tanta importância ao dia 14, isso sim era giro. Eu cá preferia assim. Tome-se outro exemplo, o do dia da mãe. Eu não preciso desse dia para lhe dar mimos e dizer que gosto dela. É dia da mãe, e então? É dia da mãe, do pai, dos namorados, quando nós quisermos...é todos os dias.
Fora isto, acho muito bem que as pessoas andem apaixonadas. Se há coisa que faz bem é o amor, oh se faz.

P.S.: Não é I love you, é só para dizer que adorei a ordem de notícias do jornal da noite da rtp. Primeiro falam do dia dos namorados e logo a seguir: "cada vez há mais divórcios". Amei mesmo. Ah e depois, para ser uma sequência ainda melhor, falam das pitas que vão acampar por causa dos Tokio Hotel. Grande rtp!
P.S.2: Eu era feliz com um irlandês do género deste aqui de cima.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Gajas vs Gajos

Aqui há dias, numa das minhas várias divagações, fiquei um bom bocado a pensar numa grande diferença entre homens e mulheres. A divagação surgiu pelo facto de eu estar meio deprimida, já não me lembro porquê. E com isso pus-me a pensar, realmente nós mulheres temos uma facilidade enorme em deprimir, seja a razão qual for. Ai que hoje está mau tempo, pintei mais um olho que o outro, vesti as cuecas amarelas em vez das verdes, não consigo arrotar, engasguei-me com o ar, mordi a língua, parti a unha do dedo mindinho do pé, aquela pedra está mais à direita do que devia, etc etc. Deprimimos literalmente com tudo. Depois pensei nos homens. Demorei bastante tempo até encontrar uma razão para um homem deprimir (não estou a contar com aqueles que têm mais de gaja do que eu, por exemplo). Achei que não ia conseguir e tive mesmo para desistir mas cheguei lá. Os homens ficam deprimidos se o seu clube do coração perde. E, ainda assim, penso que não dura muito. Pouco depois já estão a fazer contas com as jornadas das semanas seguintes e lá se passou a má-disposição. Depois ocorreu-me outra que nunca testemunhei mas que acredito que seja fidedigna. Um homem que bata com o seu carro novinho em folha. Pode ser só um toquezinho, um risco mínimo, eles ficam deprimidos. E neste exacto momento, em seguimento de ideias, lembrei-me de outra. Pensemos um bocadinho nos homens em geral. Quais são as três coisas mais importantes para eles? Clube, carro e...mulheres! Isto são tudo suposições, ainda tenho de realizar um estudo antropológico/psicológico/whatever sobre o assunto, mas um homem que lhe apeteça muito muito muito fazer sexo, de certeza que fica deprimido caso ela se recuse. Vá deprimido talvez nem seja o termo correcto mas pelo menos chateado e com vontade de lhe dar com o candeeiro da mesa-de-cabeceira, ai disso não tenho dúvidas.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A cura para o apaixonamento

A descoberta de hoje foi que o meu manual de Espanhol é muito engraçado. Num texto dum suposto congresso internacional sobre os grandes enigmas da vida, uma das conclusões era:

"El enamoramiento. Es algo natural, una simple exaltación hormonal causada por el instinto de reproducción; se puede combatir con duchas frías y terapias de grupo (en ningún caso con duchas en grupo)."

Quiçá em 2500 isto não será mesmo possível. "Ai, apaixonei-me por um gajo das obras, deixa-me ir curar isto já!" Corro para casa e depois de uns quantos duches estou óptima e já nem me lembro da cara do dito cujo. Dava jeito. Então e quem não soubesse disto? Ao tomar uns quantos duches frios deixava de estar apaixonado pela cara-metade? "Ai filho, não sei mesmo o que se passa mas estou aqui a olhar para ti e já não sinto nada. Não vai dar." Parece-me que era um mundo bem mais prático. Digamos que vá, ao 20º duche ficávamos curados. Contando que toda a gente tomava banho todos os dias, vinte dias depois acabava-se. Era óptimo! É o tempo da novidade que é quando é bom. Assim nem tínhamos tempo de nos fartar da pessoa. Era aproveitar bem os vinte dias e depois adeus, cumprimentos à família. Só tenho pena de não estar cá em 2500 para ver isto!