domingo, 21 de março de 2010

Figura paternal: queres ou precisas?

Se tens quase vinte anos provavelmente já não precisas de pai. Podias até já ter saído de casa. Vejamos: os teus pais estão divorciados há uns seis anos, ficaste a viver com a tua mãe e o teu pai está-se nas tintas para ti. Ou então, disfarça lindamente. O teu pai deixou de te ajudar em tudo. Se tens 18 anos e queres ir para a faculdade tens mais é que ir trabalhar porque para isso já és adulta, para outras coisas talvez não, é conforme o que interessa aos que já são realmente adultos. O teu pai prefere gastar o dinheiro dele em tabaco e nos jogos da santa casa do que dar-te alguma coisa. Paga-te um lanche de meio em meio ano e dá-te cinco euritos para comprares qualquer coisinha para ti. Menos mal, sempre dá para um jantarinho no burguer king ou para apanhar uma bebedeira e "comemorar" o facto do teu pai não te ligar nenhuma. Quando está contigo não consegue ter uma conversa decente. Pergunta da escola e pouco mais. Pergunta sempre em que ano estás e quando acabas o curso. Não percebes a pergunta porque visto que ele não contribui nem com um cêntimo também não tem de se preocupar se estás na faculdade durante três anos ou durante dez. Faz questão de dizer sempre, em seguida, o quão inteligente é a filha da sua nova mulher. Imaginas se ele alguma vez fala de ti aos outros e gaba o facto de estudares há 14 anos e seres quase doutora. Tens quase a certeza que não e as lágrimas vêm-te aos olhos. Ficas com vontade de o mandar à merda juntamente com a filha da outra. E já agora à outra também porque foi ela que desde que apareceu te quis lixar a vida, tu é que não deixaste. Vinte minutos depois vais embora porque não há mais nada a dizer e as visitas dele são sempre de médico. Ele não é médico mas trabalha nas obras e afirma ser um homem muito ocupado. Provavelmente leva trabalho para casa, coitado. 90% das vezes que estiveste com ele desde o divórcio serviram apenas para te dizer o quanto sofre e o quanto a tua mãe lhe lixou a vida. Ficas calada. O teu feitio é mesmo assim, guardas tudo aí dentro. Não querendo ser má mas sinceramente és um bocado parvinha. Não era melhor levantares a voz e dizeres o que te vai na cabeça? Ele não te vai ligar nenhuma mas sempre ficavas mais levezinha. Olha que a guardar dessa maneira não há-de tardar que chegues à obesidade.
Basta pensares no teu pai e as lágrimas batem à porta. Não tiveste culpa do que se passou mas sempre fizeram questão de te meter lá para o meio. Já ultrapassaste o divórcio, foi o que sempre disseste a quem te perguntou sobre os teus pais. E é verdade, não andas a mentir a ninguém. Mas aí dentro, o que mais querias era que nada tivesse acontecido e que ainda estivessem juntos. De certeza que teria sido muito mais fácil. Ou talvez não, nunca saberás. É raro falares sobre isso, não te sabes expressar e achas que ninguém te quer ouvir porque, como tu, provavelmente acham que é algo que não interessa. Mentes ao dizer que vais deixar de ser parva e que não vais voltar a ir ter com o teu pai. Talvez gostes de sofrer, já estás habituada, é um ciclo vicioso. Mentes ao dizer que a situação não te afecta. Muito ou pouco, é óbvio que sim. Pensas que é estúpido sofreres por isso. A questão é se precisas de um pai ou se o queres. E minha amiga se te serve de algum consolo, não precisas dele para nada. Tu sabes disso. O teu problema é que o queres. Invejas as tuas amigas que têm uma conversa com o pai durante mais do que vinte minutos. A lagriminha bate à porta quando dizem que foram passear com ele, quando vês um pai dar mimo à sua menina no meio da rua. Sonhas que o teu se importa um bocadinho que seja contigo e que te dá um abracinho apertado. Mas sabes que provavelmente isso nunca vai acontecer. Queres ter filhos mas tens medo porque um dia podem vir a sofrer tanto como tu. Não sabes o futuro mas continuas a ter esperança.
Choras o rio Tejo ao escrever um texto igual a este.

sábado, 20 de março de 2010

Ao ver uma ecografia, ela disse:

"Epa mas agora não fazes mais nada se não tirar fotos a caixas de comida?"

quinta-feira, 18 de março de 2010

Ninguém pára o Benfica. É tudo nosso olé olé!

sábado, 13 de março de 2010

Só porque achei por bem dizer que quem não vir isto é um ovo podre.
A cada dia que passa sou mais apaixonada pelos pormenores das coisas.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Vivo à margem..
Nada me satisfaz, tudo me sufoca.
A realidade é toda ela dor,
e apenas a dor é eterna.
O resto?
Tudo o resto é efémero.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Hoje as notícias engraçadas estão a vir ter comigo a uma velocidade estonteante.
"Director do Expresso diz que já foi pressionado pelo 1º ministro para não publicar uma notícia sobre a sua licenciatura."
Vou ali rebolar a rir e já volto. É óbvio que ele fez isso devido ao facto da sua licenciatura ser completamente fidedigna. O Sr. "Dr." 1º ministo é uma pessoa de estudos, deixem lá o homem em paz!
Podia ficar aqui a gozar com ele durante vastas linhas mas não tenho paciência e ele nem isso merece. Não quero ser injusta mas estou a meio da licenciatura e já devo ter mais habilitações do que o nosso querido 1º ministro. Quiçá até para falar em público e eu nisso sou terrível, a sério.

Lady Gaga vai lançar uma linha de roupa.
A minha pergunta é: linha de roupa ou de árvores de Natal?
Estou confusa.

Blog do refilanço

Este post ia ter o nome de "Dia do refilanço" mas reparei que quase todos têm essa base. Na verdade, é para isso que uso o blog. Já que não refilo em voz alta ao menos fica registado em algum lado.
Estes dias ficaram marcados por ter chegado a mais umas quantas conclusões, sem importância está claro.
- Primeiro cheguei à conclusão que era impossível dar apenas uma resposta caso me perguntassem a razão de eu querer sair do país. São tantas que nunca mais acabava, sou capaz de me lembrar de uma por segundo. E ainda há aquelas que nunca serei capaz de dizer. O que é engraçado nisto é que só tenho um motivo para não sair - não gosto de deixar coisas a meio. Por que é que só um tem de ser mais forte do que os outros todos? Daqui a um ano já não há motivo para ninguém, e depois? Provavelmente vou chegar à conclusão que afinal eram outros motivos: o medo e o feitio.
- Por que é que eu ainda falo de mim? Qual é o objectivo de partilhar coisas importantes para nós quando vamos ouvir um "isso é uma merda"? Aqui reside um dos factos de eu ser cada vez mais calada. Estou tão bem com os meus monólogos que vale mais mandar os diálogos à fava.
- Odeio (aqui está mais uma) cada vez mais que me queiram obrigar a falar. Quando não estou a falar é porque não quero, é assim tão difícil de perceber? Ainda para mais quando estou 50 min (quando não são duas horas) fechada no carro com um instrutor que é uma autêntica gralha e me quer obrigar a falar e a rir. "Tu és muito calada não és?" Eu devia era responder à boa moda irónica (que eu tanto gosto) e dizer "Não Sr. Figueiredo, não vê que eu sou muito faladora e adoro falar consigo?" Eu tenho problemas de concentração e sou nervosa q.b para me enervar com o facto de ter mil carros à minha volta portanto é normal que queira estar concentrada. Já para não falar que eu não vou desabafar sobre a minha vida com o senhor, ou seja, é demasiado trabalhoso, para mim que sou tão "calona", ter de esticar os assuntos "futebol" e "meteorologia" durante tanto tempo. Quanto muito falamos da vida dele, aí tudo bem. Ah já foi a Praga e a Viena, que giro que giro, conte lá a viagem toda então e deixe-me ir quieta e calada no meu canto. É claro que eu apago a meio e vou só dizendo que sim a tudo.
Depois há aquelas situações em que estou visivelmente amuada e aí nota-se que é por isso que não estou a falar. Se estou amuada deixem-me estar ou então parem de me fazer amuar.
- Receio ter dentro de mim mais de mal do que de bem. Mais uma vez, história de autocarro. Começa a parecer que metade dos meus posts são relativos às minhas viagens diárias. Está bem que são praticamente 2h por dia de viagens mas não, a minha vida não é no autocarro. Também que interesse é que teria estar aqui a falar das minhas imensas vitórias nos matraquilhos da faculdade? Sim eu jogo muito bem, sou a maior, bla bla bla (isto não é ser convencida, é ser irónica). Pronto, basicamente o que se passou foi o seguinte: um casal ia distraído com uma máquina fotográfica e por isso só deram conta que tinham de sair em cima da hora. A porta até esteve muito tempo aberta porque aquilo estava cheio que fazia impressão mas ainda assim já foram tarde. O que se passou foi que o senhor saiu e a senhora não. E eu passei o resto do caminho com vontade de rir. Eu sei, sou mesmo má pessoa. Dá-me para rir com coisas que não têm piada nenhuma (ou até têm mas devo ser das poucas que a vêem). Às vezes é capaz de ser nervosismo mas agora não podia usar essa desculpa. Também não hei-de ser assim tão má vá, isso já me aconteceu uma vez no metro e eu fiquei a rir de mim própria!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Chorei mais com este do que com os típicos melosos. Digo mais, chorei como se tivesse de esgotar as lágrimas todas com um só filme. Chorei tanto que tenho os olhos inchados e dói-me a cabeça. Aquele choro sentido que nos faz soluçar muito e em que os nossos lábios não param de tremelicar. Mais palavras para quê? Clint, Hilary e Morgan. Just simple as that.

Isto dava uma rubrica

Na verdade, dava um blog inteiro mas não vou por aí. Passados uns dois meses de blog acho que nunca cheguei a especificar que tipo de blog era este. Não é de nenhum tipo em especial. É um blog sobre mim, sobre as minhas opiniões e divagações, sobre o meu dia-a-dia que não é nada de grandioso mas que é meu e por isso gosto de escrever sobre ele.
Eu podia aqui iniciar uma rubrica com o belo título de "As coisas que eu odeio". Como mulher que sou, e ainda por cima com este meu feitio tão peculiar, dava pano para mangas. É importante referir que não odeio tudo e mais alguma coisa, digo por ser uma forma de expressão comum e pela "gireza" da palavra "odiar" (uma gireza doida diga-se de passagem). Só não faço disto uma rubrica pontual porque sou distraída, ia-me esquecer e não gosto de obrigações. Portanto cá vai provavelmente a primeira de muitas. A segunda, algum dia chegará.
Nota: Isto não está por ordem de grau de ódio. Claro que há coisas que dão mais comichãozinha que outras mas as condicionantes são várias (tempo, disposição...). Está apenas pela ordem pela qual me fui lembrando.
1º - Podia começar por dizer que odeio pessoas visto que até tenho feito questão de o frisar nos últimos tempos. Apesar disto, eu que até sou uma pessoa muito ponderada, cheguei à conclusão que por muitas fases que tenha nunca chegarei à fase definitiva de odiar pessoas porque, no fundo, não vivo sem elas.
2º - Pombos. Um bicho que usa as nossas cabeças como WC e que ameaça ir contra nós a alta velocidade, de certeza que não é muito adorado pelos habitantes/frequentadores de Lisboa. Eu dou por mim a caminhar no Areeiro - completamente distraída porque vou a ouvir música - e parece tanto que eles se vão esborrachar contra a minha cara que dou por mim quase a cair, ali, no meio da rua. Só falta começar aos gritinhos. Com a sorte que tenho, um dia caio mesmo e há-de ser no meio de caca de pombo.
3º - As pessoas que me dizem "Eu como tudo e mais alguma coisa e não consigo engordar" ou "Eu andei um mês a comer big mac's e baguetes e finalmente consegui engordar meio quilo". Ora esta então dá mesmo vontade de...nem sei.
4º - Ir no autocarro cheia de fome e alguém ao nosso lado começar a comer uma coisa qualquer que geralmente me apetece. Esta é óbvia para quem me conhece. Já se deve ter reparado que gosto bastante de comer...pronto, sinceramente, sou uma alarve de primeira e como de tudo a toda a hora. Portanto, não é de estranhar que me apeteça o que quer que seja que o vizinho do lado está a comer. Claro que graças a este hábito, que mantenho há 19 anos, ainda não consegui chegar ao 60 kg e provavelmente nunca chegarei mas ao menos já estou mentalizada que não sou como as minhas queridas amigas que têm um metabolismo que era perfeito para mim e não para pessoas que não gostam de comer e que nem apreciar comida sabem!
5º - Quando começa a chover precisamente no momento em que temos de sair de algum lado, seja carro, autocarro, edifício. Parece que a chuvinha estava mesmo à nossa espera han....grrrr!
6º - Quando corremos que nem doidas para apanhar o autocarro e ele parte sem nós. Se não corrermos também irrita mas esta é especial porque houve de facto muito esforço da nossa parte. Digo muito porque, pelo menos no meu caso, cinco segundos de corrida e já estou cansadíssima.
7º - Falta de espaço. É normal numa discoteca, num concerto. Aí tolero, por muito que me aborreça o facto de querer dançar e não conseguir porque toda a gente se lembra de passar ao pé de mim. Agora, quando há todo o espaço do mundo e vêm colar-se à minha pessoa, aí já me faz comichão. O ar é de todos mas há limites. Eu até gosto de contacto físico mas não da parte de pessoas que não conheço.
8º - Começo a odiar o meu instrutor. E isto porquê? Nas primeiras aulas ele punha-me a mão na pernoca uma vez ou outra, muito raramente. Agora é quase a aula toda e eu não gosto! Então, se ele tem tanto espaço no seu cantinho, por que raio é que tem de invadir o meu? A perna é minha! O contacto físico faz-me mesmo impressão quando é indesejado. Ele mete lá a patinha quando eu vou fazer alguma pergunta, deduzo que seja para mostrar que está com atenção ao que eu digo, e quando quer enfatizar uma explicação (ou seja, agora enfatiza tudo e mais alguma coisa). Eu como sou parva ainda não tive coragem de dizer nada e não quero pensar que seja por mal porque se o senhor se lembra de pôr a mão noutro sítio qualquer arrisca-se a que eu vá contra um poste (e só bato do lado direito, claro)!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Os nomes até são importantes

Local: Escola de condução
Cenário: Rapaz giro não tira os olhos da eu
Uns minutos mais tarde entrámos na sala e lá nos dirigimos à mesa para assinar a aula. Como estava mesmo atrás do moçoilo era inevitável espreitar o nome dele quando fosse eu a assinar. Mesmo que não fosse de tão fácil acesso, a minha curiosidade não me permitiria não olhar. Tal é o meu espanto quando vejo que o rapaz se chama Amílcar Paulino. Repito, Amílcar Paulino.
Resultado: Isto é capaz de ser discriminação mas não consegui voltar a olhar para ele da mesma maneira, é como se tivesse um botão dentro de mim que se liga automaticamente nestas situações. Amílcar Paulino?! Afinal o nome até importa mas ele não deixou de ser giro, só deixou de ter tanto "brilho". Pode ser que isto entretanto passe e eu volte a deitar-lhe um olhinho.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O Domingo e o dia dos namorados

Domingo é o dia da família. Não sei porquê mas isto está assente para a minha pessoa há muito tempo. Como não tenho o tradicional dia de família, que implicaria ir almoçar e passear a tarde toda, inventei o meu que implica simplesmente não sair de casa. A mãe não sai, eu também não saio. É engraçado porque acabo por passar o dia praticamente todo sozinha e enfiada no quarto mas é este o meu Domingo perfeito por agora. Está para chegar alguém que me convença que o um bom Domingo não é igual a ficar em casa, enrolada nos cobertores, a ver séries/filmes, a chorar baba e ranho com eles, a beber chocolate quente com bolinho enquanto chove lá fora. Até agora, ainda não descobri melhor maneira de acabar a semana. Ainda para mais quando lá fora o dia dos namorados está por todo o lado. Como não podia deixar de ser, chegou a altura de falar da "importância" deste dia. Ah, o dia dos namorados. Toda a gente na rua, com o típico ar de parvo/a apaixonado/a, com sacos de prendinhas e muitos beijinhos para aqui e para acolá.
Ponto nº1 - Continuo a abominar todas as pessoas que se beijam na rua como se tivessem em casa prontos para terem sexo desenfreado durante horas. Aliás, eu abomino os casais que se beijam durante mais do que um segundo. Eu sei que sou estranha com isto mas não é inveja nem nada que se pareça, simplesmente acho que são coisas que se fazem na privacidade do lar ou doutro sítio qualquer. Se for um beijo daqueles inofensivos já acho cute. Não sei se isto no dia dos namorados se torna pior ainda, sou inteligente o suficiente para não ter tirado as patinhas de casa.
Ponto nº2 - Por que raio é que tem de haver um dia dos namorados? É o mesmo que um dia da mãe, um dia do pai, um dia da criança. O conceito até é engraçado, o que me entristece é que toda a gente dê tanta importância ao dia. O ano tem 365 ou 366 dias. Provavelmente muitos homens estão-se bem cagando para aquilo que a namorada quer, depois no dia dos namorados é vê-los a pedir conselhos à última da hora sobre o que comprar, sobre o que fazer para agradar a sua moçoila e para a calar mais um ano. Já elas, andam com o pito aos saltos à espera que chegue o dia para receberem flores, chocolates e o relógio que a swatch fez de propósito para este dia tão "especial". Recebem todas o mesmo e gostam, fabuloso! Claro que é quase impossível o namorado esquecer-se do dia porque elas fazem questão de os lembrar com a devida antecedência, a menos que sejam daquelas que gostam de testar o mocito, se ele se lembrar do dia dos namorados ui pronto, de certezinha que é o homem ideal com quem devem casar e amar para todo o sempre. Se o ano tem tantos dias, por que é que têm de fazer tudo igual aos outros e exactamente no mesmo dia? Ai ai, a massificação das massas. Namorado que é namorado surpreende a sua cachopa num dia qualquer, quando ela não esteja à espera. Dá-lhe uma prenda sem ela pedir implicitamente durante uma semana ou duas. Uma prenda que tenha a ver com ela e que não seja igual à das outras todas. Diz-lhe como ela é especial e como o faz feliz. A namorada podia fazer o mesmo e não dar tanta importância ao dia 14, isso sim era giro. Eu cá preferia assim. Tome-se outro exemplo, o do dia da mãe. Eu não preciso desse dia para lhe dar mimos e dizer que gosto dela. É dia da mãe, e então? É dia da mãe, do pai, dos namorados, quando nós quisermos...é todos os dias.
Fora isto, acho muito bem que as pessoas andem apaixonadas. Se há coisa que faz bem é o amor, oh se faz.

P.S.: Não é I love you, é só para dizer que adorei a ordem de notícias do jornal da noite da rtp. Primeiro falam do dia dos namorados e logo a seguir: "cada vez há mais divórcios". Amei mesmo. Ah e depois, para ser uma sequência ainda melhor, falam das pitas que vão acampar por causa dos Tokio Hotel. Grande rtp!
P.S.2: Eu era feliz com um irlandês do género deste aqui de cima.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Gajas vs Gajos

Aqui há dias, numa das minhas várias divagações, fiquei um bom bocado a pensar numa grande diferença entre homens e mulheres. A divagação surgiu pelo facto de eu estar meio deprimida, já não me lembro porquê. E com isso pus-me a pensar, realmente nós mulheres temos uma facilidade enorme em deprimir, seja a razão qual for. Ai que hoje está mau tempo, pintei mais um olho que o outro, vesti as cuecas amarelas em vez das verdes, não consigo arrotar, engasguei-me com o ar, mordi a língua, parti a unha do dedo mindinho do pé, aquela pedra está mais à direita do que devia, etc etc. Deprimimos literalmente com tudo. Depois pensei nos homens. Demorei bastante tempo até encontrar uma razão para um homem deprimir (não estou a contar com aqueles que têm mais de gaja do que eu, por exemplo). Achei que não ia conseguir e tive mesmo para desistir mas cheguei lá. Os homens ficam deprimidos se o seu clube do coração perde. E, ainda assim, penso que não dura muito. Pouco depois já estão a fazer contas com as jornadas das semanas seguintes e lá se passou a má-disposição. Depois ocorreu-me outra que nunca testemunhei mas que acredito que seja fidedigna. Um homem que bata com o seu carro novinho em folha. Pode ser só um toquezinho, um risco mínimo, eles ficam deprimidos. E neste exacto momento, em seguimento de ideias, lembrei-me de outra. Pensemos um bocadinho nos homens em geral. Quais são as três coisas mais importantes para eles? Clube, carro e...mulheres! Isto são tudo suposições, ainda tenho de realizar um estudo antropológico/psicológico/whatever sobre o assunto, mas um homem que lhe apeteça muito muito muito fazer sexo, de certeza que fica deprimido caso ela se recuse. Vá deprimido talvez nem seja o termo correcto mas pelo menos chateado e com vontade de lhe dar com o candeeiro da mesa-de-cabeceira, ai disso não tenho dúvidas.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A cura para o apaixonamento

A descoberta de hoje foi que o meu manual de Espanhol é muito engraçado. Num texto dum suposto congresso internacional sobre os grandes enigmas da vida, uma das conclusões era:

"El enamoramiento. Es algo natural, una simple exaltación hormonal causada por el instinto de reproducción; se puede combatir con duchas frías y terapias de grupo (en ningún caso con duchas en grupo)."

Quiçá em 2500 isto não será mesmo possível. "Ai, apaixonei-me por um gajo das obras, deixa-me ir curar isto já!" Corro para casa e depois de uns quantos duches estou óptima e já nem me lembro da cara do dito cujo. Dava jeito. Então e quem não soubesse disto? Ao tomar uns quantos duches frios deixava de estar apaixonado pela cara-metade? "Ai filho, não sei mesmo o que se passa mas estou aqui a olhar para ti e já não sinto nada. Não vai dar." Parece-me que era um mundo bem mais prático. Digamos que vá, ao 20º duche ficávamos curados. Contando que toda a gente tomava banho todos os dias, vinte dias depois acabava-se. Era óptimo! É o tempo da novidade que é quando é bom. Assim nem tínhamos tempo de nos fartar da pessoa. Era aproveitar bem os vinte dias e depois adeus, cumprimentos à família. Só tenho pena de não estar cá em 2500 para ver isto!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Um dia, foi assim...

Gostei tanto de ler isto que decidi pôr aqui. Desconheço o autor mas, quem quer que seja, resumiu bem a melhor infância possível. Nasci depois de 86 mas tanto eu como os meus amigos nos revemos nisto quando recordamos o quão felizes fomos. Claro que defendemos sempre que o que é nosso é melhor mas não consigo de forma alguma imaginar que a minha infância teria sido melhor se fosse como a dos miúdos de agora. Teria perdido demasiado. Se houve época feliz na minha vida foi, sem dúvida, até aos 14 anos. Com o carrinho de madeira feito pelo meu avô, para mim, para os primos quando cá vinham, e para o amigo que nasceu praticamente comigo e vivia (ainda vive) a dois passos. Com coisas simples eramos mais que felizes. Com pauzinhos e pedrinhas fazíamos a festa, inventávamos os nossos jogos e com eles passávamos o dia. O tempo parecia que não passava. Tinham de ser as nossas as mães a ir buscar-nos quase pela orelha para jantar, caso contrário havia energia para mais, muito mais. Era correr de manhã à noite. No quintal, na rua, depois na escola, quando começou. A jogar à bola, ao peão, à apanhada, às escondidas. A brincar com tazos, com -iós, com diablos. A tocar às campainhas e a fugir que nem loucos. Em casa eram as bonecas. Na televisão, o Dragon Ball, o Doraemon, os filmes da Disney. Com isso era uma criança feliz, não precisava do computador. Mais tarde, quando o tive, não sabia sequer o que era a Internet. O que lá jogava era com amigos mas ninguém trocava aquilo pelas brincadeiras de rua.
No meio disto tudo, há algo de que me orgulho muito também. Orgulho-me das minhas quedas. Todas. Orgulho-me das calças que rasguei, dos joelhos que esfolei, das palmadas que levei. Foram centenas, no futebol, na apanhada, no skate, na bicicleta. Chamem-me masoquista, chamem o que quiserem, fazia tudo outra vez. Cada uma delas contribuiu para formar a pessoa que sou hoje. Há uma coisa chamada experiência e isso faz muita falta aos miúdos que, hoje em dia, são colocados num pedestal. "Ai coitadinhos que não podem sair de casa, não podem cair, não se podem aleijar. Deixem-me lá comprar todos os brinquedos da loja para ele estar entretido todo o santo dia." Pais, abram os olhos. Isso está mal. Uma coisa é proteger, outra coisa é educar pior e pensar que é o melhor. As vossas crianças não vão ser mais fortes por não terem caído. Muito pelo contrário, vão ser as crianças mais atrofiadas, no verdadeiro sentido da palavra, vão ser cada vez menos desenvolvidas e cada vez mais passivas. Vão ser cada vez mais gordos e usar óculos quase desde a nascença. Enfim, o meu pensamento não vai mudar a mentalidade de agora, não vai parar o "desenvolvimento" que para mim é tudo menos isso. E isto tende a piorar, com muita pena minha. Ao menos posso estar orgulhosa do ano em que nasci. Obrigada mãe e obrigada pai por não terem "brincado" mais tarde.
"Nascidos antes de 1986.
De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípios de 80, não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas, em tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos.
Não tínhamos frascos de medicamentos com tampas 'à prova de crianças', ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas.
Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.
Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags, viajar à frente era um bónus.
Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem.
Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora.
Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso.
Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões. Depois de acabarmos num silvado aprendíamos.
Saímos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer.
Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso.
Não tínhamos Playstation, Xbox.
Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, chat na Internet.
Tínhamos amigos e se os quiséssemos encontrar íamos à rua.
Jogávamos ao elástico e à barra e à bola até doía!
Caíamos das árvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal.
Havia lutas com punhos mas sem sermos processados.
Batíamos às portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos medo de ser apanhados.
Íamos a pé para casa dos amigos e para a escola.
Criávamos jogos com paus e bolas.
Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem, eles estavam do lado da lei.
Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre.
(...)
Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso, e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.
(...)
A maioria dos estudantes que estão hoje nas universidades nasceu em 1986, ou depois. Chamam-se jovens.
Nunca ouviram "We are the world" e "Uptown girl" conhecem de Westlife e não de Billy Joel.
Nunca ouviram falar de Rick Astley, Banarama ou Belinda Carlisle, entre muitos outros.
Para eles sempre houve uma só Alemanha e um só Vietname.
A SIDA sempre existiu.
Os CD's sempre existiram.
O Michael Jackson sempre foi branco.
Para eles o John Travolta sempre foi redondo e não conseguem imaginar que aquele gordo
tivesse sido um deus da dança.
Acreditam que a Missão Impossível e Anjos de Charlie são filmes do ano passado.
Não conseguem imaginar a vida sem computadores.
Não acreditam que houve televisão a preto e branco."

domingo, 7 de fevereiro de 2010

The End

Não, não vou falar do álbum dos Black Eyes Peas nem da música dos The Doors. Era mesmo só para dizer que acaba hoje o meu longo período de férias. Até é bom, já me sinto mal em dizer que estou de férias desde o Natal enquanto anda tudo em exames infinitamente. Admito que gostava de estar mais uns tempinhos em casa sem fazer nenhum mas isto só contribui para aumentar o meu sedentarismo e sensação de inutilidade. Portanto, está na hora de começar mais um semestre e voltar à rotina. Bye bye férias, até daqui a quatro meses.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Viver é tipo comer peixe, às vezes engolem-se espinhas.

Desemprego

No outro dia, no jornal da uma, um jovem recém-licenciado em jornalismo pela universidade do Porto manifestava-se bastante descontente com a situação em que vivem os licenciados do nosso país. A certa altura da entrevista disse que "emprego não falta, em cafés, em lojas...na nossa área é que não há nada."
Ora boa, isso já todos os minimamente atentos repararam. Infelizmente.

Outra reportagem da tvi:
"Reflexos da crise, há cada vez mais portugueses a atravessar a fronteira à procura de uma vida melhor. Angola, Espanha e Reino Unido são agora os países mais procurados. Apesar da ausência de números oficiais, há quem defenda que estamos a assistir a uma vaga de emigração apenas comparável à que se viu nos anos 60, nos tempos da mala de cartão. (...) além de uma mudança de destinos regista-se também uma mudança do perfil do emigrante. - Os novos emigrantes saem de Portugal com a sua mochila, levam o seu computador dentro do saco e fazem um tipo de vida totalmente diferente. Se não se adaptam a um país, com tantas facilidades de comunicação e de livre circulação, vão para outro e tentam lá a sua oportunidade."

É óbvio que as notícias nunca são animadoras, não nos dão novidade nenhuma. Se algum dia disserem "Hoje deu-se um milagre, a taxa de desemprego desceu de 10,4% para 2.4%", aí sim dava gosto ver o jornal da uma todos os dias. Até via o da noite também, só para ver a repetição. Por isso é que há quem não veja o telejornal, para não estar a levar com a realidade a toda a hora. Porque nós sabemos mas não queremos tocar tanto na ferida, não queremos acreditar que nos vai acontecer o mesmo, temos fé que vamos ser diferentes e que com muito esforço chegamos a algum lado. Os emigrantes além de serem inteligentes, são corajosos e amigos do país. Imaginem que estavam cá todos. A taxa de desemprego já devia estar nos 15%, era terrível. Eu cá pretendo contribuir para não aumentar a taxa, é ganhar coragem e fazer o mesmo que tantos outros fazem. Se aqui está lotado, se não há oportunidades e não nos dão valor pelos anos que andamos a estudar e a pagar propinas, em algum lado hão-de dar. Nem que seja na Índia, eu cá não me importo nada.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Se à hora de almoço a vossa mãe vos disser, "Olha, eu até tirei o número...falaram no programa da Fátima...é do apoio à solidão...", é razão para pensar que alguma coisa está mal. À primeira vista, uma pessoa atenta diria que o que está mal é o facto de ela ver o programa da Fátima. Claro que isso é terrível, seja Fátima, seja Goucha, seja Júlia Pinheiro. E, realmente, aí é que está a raiz do problema, o mal da minha mãe, e de tantas outras por esse Portugal fora, é não terem mais nada que fazer e ficarem em casa a ver essa porcaria de programas que têm como tema do dia coisas interessantes como "Vi et's, preciso de ajuda", "O meu marido batia-me todos os dias com colheres de pau e candeeiros", "O tio da mãe da minha avó emigrou para a Tanzânia há 50 anos e eu quero encontrá-lo". Mas enfim, olhando para o real problema da conversa, é suposto fazer o quê? Passou-me logo pela cabeça que o problema poderia ser meu mas creio que ela estava a falar de relações amorosas. O 1º passo é criar um sistema qualquer que não lhe permita ligar a televisão durante o tempo em que dão essas mierdas. Agora o 2º passo é que já vou ter de pensar mais um bocadinho.
P.S.: Se a vossa mãe vos disser "Tens é de me ensinar a mexer na internet...a não-sei-quantas tem lá amigos" também é mau. Não deixem! Protejam a vossa mãe dos perigos da net. Fazer amigos virtuais não, é feio!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O amor em mexicanês

Hoje reparei que isto do nome Mexicana tem muito que se lhe diga. Aludindo às novelas mexicanas, tudo bem que eu era e sou uma exagerada do pior, sempre a dramatizar e tudo e tudo. Mas vendo bem, aquilo que mais caracteriza as mexicanices não é a cena toda à volta do amor e afins? A minha pessoa não acredita no amor. Pelo menos para mim, isso é coisa que não há. Para os outros acredito, não sou assim tão extremista. A minha mente perturbada sofre mudanças repentinas em questão de minutos. Ora digo que o amor é coisa que não existe ora digo que sem amor não somos nada. E por muito que me convença que não acredito, hei-de babar sempre com mariquices do género da que vou deixar aqui. Sempre! É certinho. Quem me apanhe no quarto a ver um filme ou uma série, nas cenas amorosas dão comigo a gritar "nhó" por dentro, com as bochechas coladas aos olhos, toda eu a brilhar muito e a sorrir. Enfim, mulheres! Até deixava um vídeo de uma novela mexicana que via fielmente há uns anos atrás, quando era ainda uma jovem inocente, mas é capaz de roçar o ridículo. Fica aquilo que me ocupou grande parte das férias. Já que não se faz mais nada de jeito, vêem-se três temporadas de Gossip Girl que não é nada, nada mau.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Ai as viagens, as viagens...

Quantas pessoas é que não gostavam que o seu amigo blog mostrasse as suas várias viagens à volta do mundo? Eu gostava imenso. Uma pessoa passa aqui umas quantas horas a olhar para isto. Sem nada para fazer, começo a visitar outros blogs. Às tantas dou de caras com blogs sobre viagens. É óbvio que fico aqui a babar durante um bocado. Ah, olha este já foi à Índia. E à China. E ao Peru. Olha e fez um interail também. Em conversa com uma amiga sobre o tal blog é inevitável que nos saia qualquer coisa como "Epa, há lá gente de sorte hein? Quem me dera! Só nós é que não temos sorte nenhuma, não ganhamos viagens e muito menos temos dinheiro para as fazer. Viste bem as fotos? Brutal !" e bla bla bla. A certa altura da conversa até dizemos como invejamos a pessoa, deve ser normal. Invejo um bocadinho sim. Mas não lhe rogo pragas nem nada, ainda bem que alguém que gosta de viajar tem a oportunidade de o fazer e de partilhar informação com os outros. É porreiro ver fotografias e ler descrições mas elas não me aquecem nem me arrefecem. Dão-me é muita vontade, ui se dão, de lá ir também. Só isso. É engraçado ver "olha aquilo é França" mas não estamos lá, what's the point? Quem tirou a fotografia tem uma história para contar. Eu não. Quanto muito, "olha vi fotos do sítio e pareceu-me muito porreiro, arejado e tal. Tem muitos pombos." Já a pessoa que lá esteve teria provavelmente um mundo para contar. Podia nem dizer nada mas sentiu e isso ninguém lhe pode tirar. Ninguém pode sentir o que quer que seja sem ir lá. Nenhuma imagem e/ou descrição consegue substituir o ir lá realmente. Muito menos dá para sentir aquilo que os outros sentiram, nem sequer viajando para o mesmo sítio. Não é de todo possível, perante a mesmíssima coisa, sentir da mesma forma que outras pessoas sentiram.* Por isso é que não consigo perceber as pessoas que se contentam com o "viajar" sem sair de casa. Há tempos li qualquer coisa sobre isto. Alguém afirmava que, um dia destes, o acto de viajar se extingue porque já é tudo acessível através dum simples clique no google earth, entre outros, tudo cheio de pormenores. Esta semana até me deparei com um site todo xpto que consistia numa visita virtual ao Mosteiro dos Jerónimos. Fiquei com a ideia de que havia mais visitas virtuais a outros monumentos portugueses. Pronto, tudo bem. Não digo que seja uma má iniciativa. Nem toda a gente, pelas mais variadas razões, tem oportunidade de se deslocar para ver isto ou aquilo. Só não percebo as pessoas que, podendo ir, preferem ficar sentadas à secretária. Podem dizer-me o que quiserem, nunca me vão convencer que é a mesma coisa. Sou a pessoa mais preguiçosa do mundo e passo horas aqui sentada mas, tendo a oportunidade de ir a um lugar qualquer, alguma vez eu ficava aqui a ver no google earth? Nunca, nunquinha! A simples viagem que faço quase todos os dias para Lisboa é especial e faz-me bem. Todos os dias tenho a certeza que vou reparar numa coisa nova, vou ouvir uma coisa que nunca ouvi e vou ver pessoas que nunca vi. Nas imagens é sempre tudo igual. Em casa não se passa nada. Qual é a piadinha? Até posso ir a todo o lado e aperceber-me que não gostei, que tenho saudades de casa e que nunca mais quero sair de cá (parece-me completamente impossível). Mas até tentar nunca vou saber. Isso é que me iria custar horrores, nunca ter tentado. Quem não gosta de viajar tudo bem (também não percebo mas pronto somos todos diferentes e ainda bem que assim é). De resto, tirando motivos de força maior, não vejo desculpa. Eu quero mesmo ter uma história para contar. Não quero, daqui a muitos anos, só ser capaz de falar dos blogs que visitei nos tempos em que era uma jovem sonhadora.
Aproveito para deixar uma das minhas citações preferidas do meu querido Fernando Pessoa. É bonito como ele diz tudo em tão poucas palavras.

"Para viajar basta existir. Vou de dia para dia, como de estação para estação, no comboio do meu corpo, ou do meu destino, debruçado entre as ruas e as praças, sobre gestos, os rostos sempre iguais e sempre diferentes, como afinal, as paisagens são. A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos."*
"Quando eu for grande quero ter uma história para contar."

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Mais um dia...

Ah, viagens de autocarro. De certeza que já aqui falei nelas. Além de algumas engraçadas e outras mázinhas (felizmente raras) porque o dia foi terrível, porque estamos com uma dor de cabeça daqui até à lua, porque a vizinha de assento está em cima de nós com mil sacos, na sua maioria estas viagens até são bastante comuns. Em quase todas viajo sozinha, e gosto. Claro que há dias (também raros) em que apetece mesmo trocar um dedo de conversa com um conhecido qualquer ou com um amigo que raramente vejo. Nesses dias não aparece ninguém. Pelo contrário, nos dias em que queremos mesmo mesmo estar sozinhos (não estou a contar com a companhia que muitas vezes tenho via sms), aparece um conhecido que faz questão de nos chatear, quando só me apetecia ouvir música lá aparece alguém para falar da morte da bezerra. Ou então, e acreditem que não é melhor, aparece aquele rapazito que gosta de nós há imenso tempo e que decide ir a viagem toda sentado à nossa frente a sorrir, com um olhar tão meloso que faz impressão. Esse rapazinho muda-se posteriormente para o banco atrás de mim e mexe-me no cabelo carinhosamente. Passados uns dois minutinhos eu saio. Não de propósito claro (cof cof), era a minha paragem.
Enfim, então e a quantidade de coisas que é possível fazer durante uma viagem destas de meia horinha, han? Ele é pessoas a ler, escrever, estudar, comer, falar (ou gritar) o caminho todo ao telemóvel/com o motorista/com o companheiro do lado/com todos os presentes, dormir (às vezes a ressonar), enrolar cigarros (ou ganzas), roer as unhas, cortar as unhas (ainda estou para perceber as pessoas que não cortam as unhas no wc, ou seja, em casa!), tentar convencer os outros a aderir a uma certa religião (normalmente a jeová), fazer ginástica (não me lembro de termos técnicos agora) nos varões ou que raio é aquilo que todos (acho eu) os autocarros têm, beijar o namorado/a como se estivesse em casa, descascar fruta, tirar cera dos ouvidos com chaves ou com a unha gigante do dedo mindinho, etc etc. É uma lista interminável. Eu além de ouvir música e mandar sms, pouco faço. Continuo a convencer-me a mim mesma que ler ali me faz doer a cabeça. Para não me sentir sempre mal com isso, hoje passei os olhinhos pelo livro de código. Mas pronto, normalmente vou distraída com os meus pensamentos. Basicamente, vou a falar comigo mesma. Não é alto, não sou assim tão atrofiada da mioleira. O autocarro deve ter algum efeito terapêutico ou assim. Hoje, que me lembre, debati comigo mesma que não posso nem devo esperar por sinais divinos por parte do mundo. Há coisas que não vale a pena procurar e tentar perceber, só são quando têm de ser. Somos todos diferentes, há que lidar com isso. A segunda conclusão a que cheguei foi que vou sempre acreditar no melhor das pessoas. Tudo bem que há muita gente que se calhar não vale a pena mas, de qualquer maneira, continuarei a fazer o que faço quando saio à rua, com todo o gosto. Continuarei a andar com o meu ar feliz e despreocupado. Continuarei a sorrir com coisas simples. É bom ser assim!

Hoje também cheguei à conclusão, uma vez mais, que aquilo a que chamam aulas de código não me servem de muito (graças à senhora que as dá). Infelizmente, não tenho coragem de pedir à senhora para assinar as aulas todas e estudar só em casa. Enfim, há que ver o lado positivo, já estão a acabar e sempre tenho uma desculpa válida para sair de casa caso a mãe esteja em dia de refilar.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Música e vinho do Porto

Portugal. Música. Acho que eram precisos muitos e muitos posts para enumerar a quantidade de música, mázinha vá, que o nosso país tem. Não é necessário dar exemplos, pois não? Bem me parecia. No meio de tanta "porcaria" (não criticando quem ouve, cada um tem os seus gostos), lá se encontram coisinhas boas como estes porreiros dos Donna Maria. Decidi deixar aqui o vídeo porque, além de gostar deles, gosto muito desta versão da música. Traz-me boas recordações, umas bastante recentes, outras não. Detesto vinho, não consigo mesmo gostar. Apesar disso, o vinho do Porto faz parte da minha vida, desde que nasci.

Nota: Não liguem à Catarina Furtado...é a única parte má do vídeo.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Apetecia-me escrever um guião para uma peça de teatro com o diálogo que vou deixar aqui, se estivesse com imaginação e se não tivesse um exame hoje.
Ri que nem uma perdida e achei muita graça mas depois fiquei preocupada e pensei: "É assim que eu vou ser quando chegar aos 50 anos?"

Personagens - Um homem e uma mulher
Espaço - Na cama
Tempo - Lá para as 23h30, depois de acabar o jogo do Porto e enquanto começa uma das novelas da noite (da tvi, detalhe sempre importante, cof cof)

Homem: (que no fim do jogo deve ter ficado aborrecido e já que não tinha nada para fazer...) Olha lá, tu amas-me?
Mulher: (muito chateada e naquele tom que se aproxima muito ao grito) Cala-te, deixa-me ver a novela! [foi aqui que comecei a rir como se não houvesse amanhã]
Homem: Então mas não me amas é? Custa-te muito dizer?
Mulher: ... (nem uma nem duas)
Homem: Pois, se não dizes nada é porque tenho razão.
Mulher: Então mas tu não te calas, porra? Eu tive aqui quietinha, deixei-te ver o jogo em paz e agora deu-te para isto? Deixa-me lá ver a novela sossegada, não me chateies.
Homem: Mas amas-me ou não?
Mulher: Olha, merda.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Paraíso?

Se não é, é muito parecido.





É de mim ou isto parece-se muito com uma praia qualquer que aparece num dos Piratas das Caraíbas? Ou a do A Praia? Sendo ou não, se virem que deixei de cá vir é porque decidi viajar e fiquei por lá entretida com o Johnny Deep e o DiCaprio que, obviamente, estavam à minha espera. Ainda por cima é já aqui ao lado, na Tailândia!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A Mexicana vai ser tia

Finalmente, depois de 30 anos de existência, o meu querido irmão vai ser pai. Andava desejosa há muito, muito tempo, estava a ver que nunca mais! Agora só falta saber se é menina ou menino. Visto que vou ser a única tia e não vou ter de o "dividir" com mais nenhuma, vai ser uma maravilha! Se for miúda tenho muito medo que tenha o feitio da mãe. Se for o caso acho que não lhe vou ligar nenhuma. Por outro lado é giro, menina e tal. Esperemos que não faça parte desta geração de malucas que deixam as bonecas aos...ok, parece-me que já nem tocam nas bonecas. É logo telemóvel, internet e...gajos! Daquelas que vão acampar para a porta do pavilhão atlântico por causa de Tokio Hotel. A titia até paga bilhetes para os concertos todos se for música decente, Green Day, Xutos, The Killers, Aerosmith, ui, tem muito por onde escolher. Até vou com ela e pago às amigas também (que eu vou ser uma pessoa de dinheiros claro está). Só não me venham cá com essas tretas de Hannah's Montana's e o raio, por aí não se safam. Lá vou eu ter de ensinar tudo aos miúdos, pelo menos no que toca a música. Oh cum caraças, acabei de me lembrar que a cunhadazinha venera a Hello Kitty e tem tudo dela, incluindo o telemóvel horroroso patrocinado pela Rita Pereira. Ok, a miúda está mesmo perdida, next! Se for menino, ai, vai ser o menino dos meus olhos (é agora que a baba escorre por aqui abaixo). Parece-me que vai ser sócio do Benfica desde a nascença, vou ter que falar com o mano sobre isso. Já estou a imaginar o pequenino com um mês de vida vestidinho com o fato de treino do Benfica. Ai coisa mai linda! Já me estou a ver a passear o cachopo na Rua Augusta enquanto lhe digo "Olha meu querido, a tia começa já a trazer-te aqui desde esta tenra idade para que conheças Lisboa de uma ponta à outra e para que não sejas burro como a titia que aos 16 anos afirmou convictamente que a Praça do Comércio era o Marquês de Pombal." Não é de pequenino que se torce o pepino? Tem de ser, tem de ser. Lá para os cinco anos o crianço vai provavelmente pedir-me um magalhães. É claro que eu não lhe vou dar um magalhães coisíssima nenhuma e por mim não lhe dou computadores até aos 12 anos que ele tem tempo para essas coisas. Ele vai é jogar à bola para a rua (às vezes pode ser com a tia que ela não se importa), que só lhe faz é bem. E vai gostar muito do Benfica, até vai querer lá jogar. Se for ténis ou ténis de mesa também pode ser. A tia leva aos treinos. E dá-lhe explicações (porque a tia é muito inteligente). Sobrinho meu não vai precisar de explicadores, além de mim. E vai portar-se lindamente. Depois quando tiver idade até o levo ao Bairro Alto. Talvez até o deixe beber uma imperial comigo. Só uma, não quero o miúdo com problemas de fígado! Ai que isto já começou a descambar! Estou a pensar seriamente em passar a ser uma moça ainda mais ajuízada a partir de agora, para dar os bons exemplos. Em vez de beber duas ou três vezes por ano vou passar a não beber nadinha. Oh mas afinal também não sou santa nenhuma (nem quero), duas ou três vezes não devem fazer assim tanto mal! Depois que raio é que eu tinha para lhe contar? "Olha ... (tenho a sensação que será Rodrigo e aproveito para dizer que não gosto muito, se fosse menina apoiava a cunhada que quer Leonor enquanto o mano prefere Inês), a tia andou na faculdade e não bebeu uma pinga de álcool. Nem sequer saí à noite. É verdade, podes acreditar. Nem sequer frequentei a esplanada da faculdade. Nem no Verão! Foi só estudar, só estudar." Claro que não, ? Mas pronto, deixando as parvoíces de lado, venha o que vier, seja educado como for, vai ser um sobrinho muito amado pela tia!*
*A menos que decida ser chunga, nesse caso é deserdado imediatamente.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Obrigadinha João Pereira por não teres feito, no Benfica, as exibições que fazias no Braga e que fazes agora no Sporting. Estou muito desiludida contigo, muito desiludida. Humpft!

sábado, 16 de janeiro de 2010

O Raul Solnado deixou bons genes


Olhando para a televisão portuguesa, sejamos sinceros, não há muito que valha a pena ver. Pegando na tvi, que raio é que as novelas trazem de novo? Os actores são quase sempre os mesmos de novela para novela mudando apenas os nomes (às vezes as personagens são tão idênticas às anteriores que mete nojo, até podem ser muito bons a representar aquilo mas então e que tal um desafiozinho, han? Ver se conseguem fazer mais qualquer coisinha, não?) e a história, essa pouco varia. Utilizando a expressão tão característica da mamã, "vira o disco e toca o mesmo". Acabamos por não conseguir dar o devido valor a quem se calhar até o merece. Além do Ruy de Carvalho, valor indiscutível, não me consigo lembrar de mais nenhum nome grandioso. Basicamente o que se passa agora é: temos os Morangos com açúcar que serve de rampa de lançamento, todos os anos têm miúdos novos que, regra geral, nunca na vida representaram, são apenas giros (dependendo do ponto de vista) e têm um book feito numa agência qualquer. Depois, os que até têm um nadinha de jeito para a coisa pronto, lá entram nas novelas seguintes da tvi. Sempre achei piadinha à Joana Solnado até por ser neta de quem é. Na minha opinião, não é a típica miúda morangos com açúcar (engraçado, entrou na 1ª série), é boa actriz sim senhora e já anda nisto há uns bons anos. Mas, verdade seja dita, com tanta novela acaba por passar despercebida. Ao vê-la no teatro, dei-lhe todo o valor e mais algum. Talvez seja suspeita por ser uma grande fã da coisa. Adoro cinema, nem entro em comparações, mas aquilo que se faz no teatro é qualquer coisa. Ali é tudo na hora. Ou é ou não é. Não são filmados cena a cena. Além de não sei quantas preocupações, são capazes de estar ali duas ou três horas a debitar falas e mais falas que tiveram de decorar e ou sai ou não sai. É preciso, além de tudo o resto, uma grande capacidade de concentração e improvisação caso haja qualquer engano que, por muito pequeno que seja, pode atrapalhar. E o teatro, que é uma coisa que o português até tem de bom (o cinema não acho nada de jeito, infelizmente), acaba por ser tão menosprezado que faz impressão. A peça que fui ver, intitulada A Dona da História, é para rir do início ao fim. Não sei como reagiram os senhores presentes na sala (não me parece que tenham reagido mal, se forem espertos até aproveitaram para aprender qualquer coisinha sobre o tão complicado sexo feminino) mas é visivelmente dirigida às mulheres. Aquelas inquietações que só nós temos, as reacções, as dúvidas, as excitações, as anticipações, as mil e uma hipóteses que formulamos na nossa cabeça antes de tomar alguma decisão. É engraçado ver-me representada em palco e, como eu, de certeza que todas as mulheres presentes na plateia sentiram o mesmo. Vale nem que seja pelo humor simples que acaba por ser o mais bonito. Comentando a peça, disse à minha companheira de noite de teatro: "O ser humano consegue ser tão belo e complexo na simplicidade de um gesto, dum olhar, duma expressão." Vão ao teatro que vale tão a pena!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Um dos meus grandes amores

Só porque até me apetece escrever mesmo sem saber sobre quê, pronto. Aproveito para refilar com a EDP que só me dá desgostos. Estava eu muito bem a jantar e pimba, falta a luz. Claro que ficamos sempre com aquela esperançazinha que volte rápido mas acabei por me deitar (às 20h30 da noite). De repente volta e venho eu a correr para aqui toda contente, óbvio. Passado um bocadinho de nada, tempo de voltar a ligar o bichinho, falta outra vez e fico eu com cara de parva durante um minuto. Passado esse minuto, volta durante cinco segundos e puff, uma vez mais. Ora digam lá que isto não é razão suficiente para mandar os senhores da EDP irem dar uma voltinha ao bilhá grande? Não os mandei para lado nenhum e regressei à cama. Sou uma menina.

Obviamente que um dos meus grandes amores não é a EDP portanto não é dela que vou continuar a falar. Nem do Benfica, que já falei. No Sábado à noite apercebi-me duma coisa que disse naturalmente e achei engraçada. Estava a comer e saio-me com "Eu com um Big Mac sou uma pessoa feliz." Para uma pessoa que já em pequena dizia "Oh mãe, o que gosto mais de fazer na vida é comer" não é estranho, pois não? Felizmente ainda não estou obesa senão então é que já era um problema. Nem sequer como fast food todos os dias que às tantas já estava farta e a minha carteira não aguenta tal arrombo. Mas a cena teve piada. Eu de hamburguer na mão a dizer aquilo para os meus amigos que, apesar de ainda me acharem uma menina, aposto que já se aperceberam que eu como quase tanto como um deles que é só o maior alarve que eu já vi, e acreditem que já vi muitos.
A minha história de amor com o Big Mac é simples e de certeza que são muitos os que se revêem no que eu vou contar. Quando eu era pequena e inocente só comia Happy Meal, essa coisa feia que mal enche a cova dum dente. Eu dizia que não conseguia comer mais mas aposto que era daquelas crianças estúpidas que só querem o brinde. Como é óbvio, passada uma semana, se tanto, o brinde já estava no lixo. Quando comecei a ter dois dedos de testa e olhei para o Big Mac, foi amor à primeira vista (neste caso dentada). Deduzo que tudo tenha começado por volta dos 13/14 anos. Ou seja, eu ando há pelo menos 6 anos a comer exactamente a mesma coisa. Sendo eu uma pessoa que se farta logo de algo quando é em demasia, é estranho. Provavelmente já tive alturas em que ia lá muitas vezes num curto espaço de tempo. Apesar disso, o amor continua intacto. Já comi McNuggets a acompanhar. Sundae e McFlurry depois. Mas traição penso que só aconteceu uma vez. Deve ter sido num dia em que eu estava fora de mim e aceitei o conselho de uma amiga que afirma que o não-sei-quantos-com-bacon é o melhor que lá há. Depois fiz o grande favor de a avisar que andou enganada toda uma vida. Pensava ela que me ia fazer um favor a mim, deve ser, deve! Como já disse antes, sou uma pessoa fiel. O MacDonalds* tem uma lista até variada de escolhas, é verdade. E tem tudo bom aspecto. Até há lá um maiorzinho que se calhar, às vezes, era bem escolhido. Eu juro que enquanto estou na fila penso nos mais variados motivos para não escolher o menino dos meus olhos. Eu que até sou de experimentar coisas novas. Mas já me aconteceu, mais do que uma vez, ir com ideia de pedir um e sair-me Big Mac da boca na altura do pedido. Digam lá que isto não é amor e fidelidade! E levante o dedo quem não faz isto. Pelo menos uma vez já fizeram. "Ah e tal vou provar um novo" e acabam por pedir o Big Mac. É um ciclo vicioso.

*Faz mal fazer publicidade a esta grande instituição? Não é que ela precise...