domingo, 27 de dezembro de 2009

E como se aproxima um ano novo...

Estava aqui a pensar, quando é que vou ter coragem de fazer a listinha para 2010? Nunca fiz uma lista de resoluções de ano novo. Nunca me dei ao trabalho porque por muito que até pensasse que tinha de fazer isto ou aquilo, acabava por não fazer. Há já algum tempo que venho pensando que está na altura de fazer uma e levá-la a sério. Hoje vou de férias, que arejar não faz mal a ninguém, e não me vejo com grande vontade de pegar em caneta e papel para tal coisa. Há-de ser medo, há-de ser sei lá o quê. Medo de ter objectivos que depois acabo por nunca concretizar. Entretanto, lá vou inventando desculpas esfarrapadas para mim mesma, "Ai que não tenho tempo agora", "Ai que estou tão cansada e não me vou lembrar de nada", "Ai que depois nem vou olhar pra isso". E a grande resolução de ano novo, que serve para tudo, acabei de a deixar aqui bem clara. Já chega de expressões tão características da minha pessoa, "Um dia tenho de...", "Logo se vê...". Já chega de desculpas.

Vai na volta e os chineses até são mandriões

No post anterior disse o seguinte: "Os chineses só não trabalham todos os dias, 24h por dia, porque não podem." E disse que tinha voltado a reparar porque vi, aqui na minha terrinha, um restaurante chinês aberto no dia de Natal. Qual não é o meu espanto quando hoje na Av. João XXI vejo um restaurante chinês fechado. Eu até parei e olhei bem lá pra dentro a ver se não estava enganada, podia ter faltado a luz ou qualquer coisa. Mas não, estava mesmo fechado. E agora? Fiquei confusa. Precisamente um dia depois de partilhar a minha observação pimbas, uma excepção à regra. É que não consigo mesmo mudar de opinião. Cá pra mim os chinocas aqui da terrinha são mais pobrezinhos enquanto que aqueles ali da Av. João XXI fazem tanto dinheiro que decidiram dar uma oportunidade ao cafézito/restaurantezito tuga que fica mesmo ao lado. Ou então pronto, são os únicos três ou quatro preguiçosos em 500 mil milhões de chineses que existem em todo o mundo e, por acaso, vieram parar a Portugal. Se podem haver três ou quatro portugueses trabalhadores, também podem haver três ou quatro chineses mandriões.

Nota: Engraçado como ficou a parecer que eu até simpatizava muito com chineses quando é exactamente o contrário.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Observações do dia

- A rua no dia de Natal parece completamente saída de um filme de terror. Tudo deserto, o barulhinho bom do vento...maravilha!
- Receber prenda de um tio que só vimos uma ou duas vezes na vida é estranho mas não é mau.
- Os chineses só não trabalham todos os dias, 24h por dia, porque não podem. A esta conclusão já cheguei várias vezes mas hoje voltei a reparar.
- Comer em três casas diferentes durante o dia todo é porreiro. O meu estômago já não está a rejubilar de alegria mas valeu a pena!
- Os putos de hoje em dia estão cada vez mais mimados, arrogantes, estúpidos, chatos e sei lá mais o quê. Deixem-me ter um crianço que ele vai ver a educação que lhe vou dar. "Tens 2 anos e queres uma PS3? O Manel também tem? Azaaaar. Vais ter quando eu quiser e se achar por bem dar." Hei-de fugir ao máximo a esta educação que se dá hoje em dia. Brinquedos não compram a falta de atenção nem a educação dos miúdos que é muito bonita e eu gosto.
Hoje fiz uma descoberta gira que decidi partilhar apesar de ter a certeza que não há muitas mulheres no mundo que não saibam isto. E a descoberta foi:

Pôr espuma no cabelo num estado praticamente líquido não é a coisa mais inteligente de se fazer. Não é muito grave mas também não é bom.

Ser mulher é realmente um processo contínuo de aprendizagem.
Não se ofendam homens mas vocês não têm de aprender truques para absolutamente nada. Para vocês que até são limpinhos q.b basta-vos pasta de dentes, desodorizante, perfume e gel (para os que usam). E para isso não é preciso ciência nenhuma. Gostava de vos ver com rímel e lápis. Aposto que arrancavam um olho. Eu também arrancava, deixem lá.

P.S.: Um bocadinho depois também descobri que usar o secador depois de pôr espuma, pelo menos da maneira que usei, também não é sempre uma ideia brilhante. Isto se não quiserem ficar a parecer um leão na sua esplendorosa juba. Era o meu caso. Aposto que com este cabelo a minha avó hoje não me vai conhecer.

Natal - parte 2

Bem e a noite de 24 lá se passou. Desta vez não fiquei sentadinha ao computador e até tirei as patinhas de casa. Vá, admito que não foi mau de todo. E digo mais, foi porreiro. Por esta altura já deviam estar a pensar que odeio isto tudo e que sou uma frustrada que não recebe é prendas nenhumas e por isso acha por bem dizer mal do Natal. Mas não, eu não odeio o Natal. Mesmo que andasse lá perto, há sempre um lado positivo em tudo e, neste caso, é a bela da comidinha. Posso passar o Natal sem companhia, sem prendas, sem nada de nada, mas comida da boa tem de haver sempre portanto não me posso queixar. Foi uma noite engraçada, conviveu-se, riu-se, viu-se qualquer coisa dos filmecos que estavam a passar na tv, abriu-se prendas, abriu-se a boca cinquenta vezes pelo sono que já estava a dar o ar da sua graça e, enfim, comeu-se, e bem!
Mas vá, não querendo já estar aqui a ser demasiado amiguinha do Natal, lembrei-me de fazer uma pergunta sobre uma coisa engraçada que se falou ao jantar. Digam-me lá, por que raio é que pessoas que estão uns 355 dias sem dizer nada se lembram de mandar sms no Natal? Qual é o objectivo? Será que com a sms querem dizer "Olá, espero que esteja tudo bem contigo e que ainda estejas vivo. Olha, não te disse nada durante o ano inteiro mas, como podes ver, sou teu amigo, lembrei-me de ti e como até tenho aqui o teu número e estou a mandar sms para a lista telefónica toda decidi mandar para ti também. Feliz Natal!" Ohhhh mas que grande amigo hein! Alguém me explique isto que eu não consigo perceber. As pessoas só se lembram das outras no Natal ou simplesmente mandam sms para a lista toda? Eu aposto na segunda hipótese, claro! E depois também tem imensa piada mandar a mesma p'ra toda a gente. Não digo p'ra escreverem uma diferente para cada ser vivo que isso dá uma trabalheira doida e se for tudo preguiçoso como eu ui, está quieto. Mas pá, é um clichê que me faz confusão. Eu cá proponho o seguinte: mandem sms a quem falaram pelo menos uma vez nos últimos, hummm, 4 meses, só naquela de não parecer tão mal. Mandem coisas que vos apeteça dizer em vez de mandarem uma porcaria qualquer que têm guardada para a ocasião. Guardem essas porcarias para as velhotas que têm telemóvel há pouco tempo e que deliram com qualquer sms que recebem, essas senhoras de 40 anos p'ra cima que ficam deslumbradas com aquela sms que diz qualquer coisa do género "Pum! O Pai Natal caiu da chaminé de propósito para te desejar um Feliz Natal". É muito bom ver as caras maravilhadas da mãe, da tia e de todas as senhoras que se encontram dentro dos parâmetros que já referi. Se não vos apetece dizer nada, não digam. Se simplesmente não sabem o que dizer também não custa nada usar o clichê simples que se usa mais mas que não fica tão mal como essas sms ranhosas que se recebem mil vezes "Feliz natal e boas entradas!" Custa assim tanto mandar isto ou coisa parecida? Senão, sejam criativos e digam coisas diferentes do género "Este Natal vai lá dar uma voltinha ao Bilhá Grande que quando voltares pode ser que tenhas prendas. Espero que tenhas um ano do caraças!" Custa muito?
Quanto a mim, prefiro receber, em qualquer altura, algo do género "Hoje lembrei-me de ti. Espero que estejas bem. Um dia destes, cafézinho?" do que receber uma sms no Natal de pessoas que não me dizem nada desde 1900 e troca o passo. E, como sou muito revolucionária, ninguém recebe sms minhas no Natal. Não respondo a ninguém. A amiga tmn até ajuda ao cortar as sms nestes dias. Se eu não respondo com sms grátis é óbvio que não o vou fazer sem saldo, não é?

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

E já que estamos no Natal...

Achei por bem dedicar um post ao tema. Começando por ser muito sincera, o Natal já não me diz nada. Pelo menos não como antigamente. Nada, nadica. Muito bem que quando era pequena não pensava em nada de jeito além de "Ena, Natal, prendaaaaaaaaaas!". Depois cresci, desenvolvi um bocadinho o tico e o teco e a partir daí comecei a dar importância ao Natal e a tê-lo como uma época em que montamos e decoramos a árvorezinha com a mãe, estamos com a família, passamos tempo juntos na casa de um ou de outro familiar (ou na nossa, vá), convivemos, comemos, bebemos, e claro, trocamos prendas. Basicamente, era isso. E era muito bom. Ora mas parece-me a mim que só quando era mais cachopita é que a coisa tinha piada. Agora, foi-se tudo. Árvorezinha? Estar com a famelga? Não faço ideia de há quantos anos é que já não tenho árvore em casa. De quantas noites de dia 24 passei sozinha em frente ao computador. Até as prendas deixaram de ter piada. Já não se espera pela noite de 24. Mal se recebe abre-se e pronto. Tal é o cúmulo que a minha mãe há tempos chega-se ao pé de mim e diz "Olha lá, o teu irmão queria-te dar uma prenda por isso comprei estes ténis. Gostas? Depois quando abrires faz de conta que não sabes!" Tudo bem que isto deve acontecer a muita gente. Mas quando se torna costume já é feio, digo eu. A certa altura acabo por me questionar, afinal o que é o Natal? Não vou estar aqui com lições de moral porque não tenho direito de o fazer mas, alguém pensa no que significa o Natal, no que supostamente se está a festejar? É porque se pensam, muitos portugueses disfarçam bem. É que antes até parecia que davam importância ao estar em família. Agora, não. Por isso é que me dá gosto ver pessoas que ainda o fazem.

Um dia destes deparei-me com os seguintes factos:
- No Natal celebra-se o nascimento de Jesus (que nasceu em Outubro)
- Entre 30 a 35 milhões de pinheiros são cortados e vendidos como Árvores de Natal todos os anos
- Durante as duas semanas de Natal e Ano Novo são enviadas mais de 75 biliões de mensagens de "Boas Festas" (por SMS, e-mail ou postal), o que equivale a cerca de 11 mensagens por ser humano

Não vou dizer que penso no nascimento de Jesus porque é mentira. Não sou nada religiosa. Não vou dizer para toda a gente mudar o que anda a fazer, cada um sabe de si. Mas eu, na minha humilde opinião, vejo o Natal como uma época de consumismo e não acho bem que as compras sejam a prioridade das pessoas. Uma época em que se exagera ainda mais na compra de porcarias para os miúdos. Em que se compram os chocolates e perfumes para a mamã, as meias e os pijamas para o papá. Uma época em que gastar não faz mal. Porque o português até pode estar em crise mas a média de compra da capital não deixa de estar acima da média de compra das outras capitais da Europa (veja-se o lado positivo, há qualquer coisa em que não estamos abaixo da média!). Até pode estar em crise mas, afinal, o Natal é uma época em que se deve apertar o cinto e comprar tudo mesmo que depois não haja dinheiro para comer no mês seguinte.
Dar prendas e miminhos tudo bem. Mas fazer do Natal só isso, é triste. Não vou ser cínica e dizer que não gosto de receber prendas e que se devia abolir tal coisa. É normal gostar de receber, penso eu. Eu gosto mas, sinceramente, sou muito pouco materialista. Prefiro oferecer, fazer uma surpresa a alguém e receber um sorriso gigante. Sabe tão bem. E, o que dá mesmo gosto, é usar o Natal para estar em família. Aproveitar para dizer que se gosta de alguém. Abraçar alguém no meio do frio de Dezembro. Receber o tal sorriso. Quem der mais valor a isto e tiver a oportunidade de estar em família, os meus parabéns!

1º post

Txatxan! Mais um blog. É exactamente aquilo que faltava para animar a blogosfera. Mais um porque ainda não há muitos e tal!
Já perdi a conta de quantas vezes tentei criar um blog. "Ah porque é giro e toda a gente tem um", "Ah porque podes escrever e ninguém sabe quem és". Tudo bem. São razões válidas. No meu caso é mesmo porque me apercebi que gosto realmente de escrever e que me expresso melhor pela escrita. Já p'ra não falar que uma pessoa como eu até deve escrever assiduamente. Portanto, por que não um blog? De qualquer maneira ninguém sabe quem eu sou, não é? Dá jeitinho que eu até sou uma moça tímida. 1,2,3, experiência. Vamos lá!